sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Grandes montanhas enevoadas

Parque Nacional de Great Smoky Mountains

Saindo de Memphis fomos a uma pequena cidade chamada Bryson City na Carolina do Norte, dentro do parque nacional Great Smoky Mountains. Um parque lindo, com o paradoxo da natureza na sua exuberância singela. Rios e pequenas nascentes, musgos com estacas delicadas de água congelada, cachoeiras e uma trilha coberta de uma fina camada de gelo. Os esquilos coletando nozes completam o cenário.

Nesse parque, 3 horas por suas trilhas, cobrindo aproximadamente 12km. A exaustão da caminhada para um "atleta" não preparado como eu foi gratificante porque nesse estágio o contato com a natureza torna-se mais forte. 
O caminho é longo mas tem suas recompensas

Como um bom aprendiz, viola nas costas

O gelo acompanha sua trilha...

... as encostas da montanha

Rango de Tico & Teco

Registro do primeiro boneco de neve

Memphis: a cidade do Rei

Apenas a cidade de Elvis Presley. Tudo orbita em volta do ídolo. Na mansão Graceland, sua sala de jantar, jogos, seu rancho com os cavalos, home studio. Não há como negar que seu estilo de vida foi espetacular. Depois os museus, seus carros, aviões, roupas, centenas de discos de ouro. E uma infinidade de lembranças com sua marca, o máximo que se pode pensar na exploração de uma imagem: de lixa de unhas a óculos, de copos a trajes completos. É impossível não comprar algo. Realmente um símbolo americano e mundial.

Ainda em Memphis há o famoso Sun Studio, o lugar de nascimento do rock'n'roll. Visita obrigatória: nomes como Elvis Presley, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis and Carl Perkins surgiram lá. Estes últimos inclusive formaram o Million Dollar Quartet (existe hoje um musical na Brodway). É emocionante ver os equipamentos da época e o estúdio em funcionamento para gravação até hoje. Para um ar de nostalgia, esses equipamentos ainda são utilizados. A data e hora de gravação deve ser agendada com pelo menos 15 dias de antecedência. Bono Voxx e BB King são nomes atuais que gravaram nesse estúdio. Para quem curte música, uma parada obrigatória.


The birthplace of Rock'n'roll


Graceland - Mansão de Elvis em Memphis


Museu com seus automóveis

Rua da música em Memphis
Rua da música em Memphis


sábado, 8 de janeiro de 2011

Galhos Frios Secos

Vista do trem, galhos secos e sol vermelho

Os Estados Unidos possuem algumas cidades emblemáticas para sua música, uma delas, berço do Jazz, é New Orleans, no estado da Louisiana (LA). Outra que faz parte da cultura americana é Memphis, no Tenessee (TN), esta berço do rock'n'roll, cidade de Elvis Presley. É no centro-norte do país e, como estou a procura de terras mais geladas, escolhi o destino do Rei. Observem que as escolhas não são aleatórias, apesar de decidirmos na hora, o critério "música" pesa bastante.

Minha companheira de viagem continuou de carro e eu escolhi a viagem de trem. De New Orleans a Memphis são 650 Km (~ 406 milhas), em 8 horas de viagem. Pode parecer uma longa viagem, mas quem faz este trecho é a Amtrak, uma das maiores empresas ferroviárias daqui. Seus trens são confortáveis demais! As cadeiras são grandes, espaçosas, com tomadas para ligar equipamentos e reclinam quase que totalmente. Não é um meio de transporte, mas uma parte das coisas boas desta viagem. São dois andares de trem, há restaurante, lanchonete, vagão com grandes janelas e teto de vidro para apreciar a vista. E que vista! No inverno poucas árvores continuam verdes, outras em tom avermelhado, caindo suas folhas cor de ferrugem. A maioria contam apenas com seus galhos e a paisagem se torna única nestas florestas desfolhadas, muito diferente de tudo que já tenha visto no Brasil.

Parece que estou cortando os cenários dos filmes trash americanos de minha infância, além de lembrar a capa do primeiro disco do Black Sabbath, casas feitas de madeira ou tijolos vermelhos, com árvores ressequidas pelo frio ao seu redor. Onírico (ou Dark)!

Falando em madeira, as casas são construídas, principalmente, nesse material.  Vi algumas grandes madeireiras pela ferrovia. Acredito que sejam de reflorestamento (assim espero!). Terminei o Estado de pântanos verdes da Louisiana, uma pontinha do Arkansas e atravessei todo o estado do Mississipi. Em alguns momentos vi o grande rio de mesmo nome e lembrei do porto de New Orleans de onde zarpam os tradicionais barcos a vapor. O trem para algumas vezes, bem rápido, para pegar passageiros em algumas cidades. Este post ficou longo, contudo curto para descrever a beleza da paisagem. Realmente uma viagem única.
Os pântanos do Mississipi

Vagão para apreciar a vista

Restaurante

Primeiro disco. Heavy Metal Rules!

Playing for Change


Começou em New Orleans, mas hoje o movimento Playing For Change - Conectando o Mundo através da Música, roda vários países do mundo, inclusive o Brasil. O bacana é que os músicos tocam sem nunca se encontrarem. Isso é possível porque os idealizadores caçam estes talentos, gravam e depois fazem uma excelente edição de vídeo. Outros vídeos do projeto no seu canal do YouTube.

Run Forrest, Run

Bubba Gump Shrimp

Primeira tarefa ao retornar: assistir novamente o filme Forrest Gump. Nos EUA existe realmente uma rede de restaurantes chamada Bubba Gump Shrimp, de nosso anti-herói. Só para refrescar a memória, Bubba foi o colega que salvou Forrest na guerra e depois morreu com uma granada. Então, o sobrevivente abriu uma loja com seu sobrenome e do colega para homenageá-lo, assim ficou rico.

Fui ao Bubba Gump de New Orleans onde tem diversas referências ao filme, além de (of course) uma lojinha de souvenirs. O garçom faz perguntas sobre o filme para os clientes em um jogo de cartas para dar aquela animada. Ainda tem o chope de quase um litro, geladíssimo com a saborosa cerveja local. A pedida foi camarão: empanado, com coco, coquetel acompanhado com os molhos. Uma delícia.

Jazz, Quarteirão Francês e Happy New Year

Música por todos os cantos

Está ficando repetitivo este adjetivo, mas a cidade de New Orleans é linda, pelo menos a parte que vi, o Quarteirão Francês (French Quarter). Sabemos que o furacão Katrina destruiu boa parte da cidade há dois anos e quase 50% da população mudou-se da cidade.

Mas a famosa Bourbon Street, berço do Jazz, não foi afetada, nem o French Quarter. A possante voz negra ecoa por diversos bares nas casas charmosas de estilo colonial europeu. A iluminação de rua completa o clima e nela também outros talentos cantam em cada esquina. Música, música e música.

Alguns vídeos estão abaixo para degustação, foram filmados com o celular, então não se pode esperar muito, mas acho que dá para sentir o clima da cidade. Música de qualidade em todos os cantos.

Um ponto único onde a história e cultura negra americana se encontram. Passar alguns dias nessa cidade foi obrigatório e aí, a virada de ano. Festival de música local na praça com Jazz, Country/Folk americano. Negros com sua voz e metais, guitarrista japonês e uma infinidade de pessoas aguardando a virada próximo ao Rio Mississipi. Os tradicionais fogos de artifício fecharam esta noite.


A arquitetura da cidade, charmosíssima

Estilo europeu

Jazz

Bicicletas são um meio comum de transporte


Happy New Year

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Golfo do México

Vista da varanda de nosso hotel em Panama City Beach

Após sair de St. Petersburg, pegamos a Highway I-98, que passa rente ao litoral do Golfo do México. Uma estrada linda, porque temos o mar a nossa direita como constante e com freqüência grandes trechos de ponte sobre as baías. Tivemos a oportunidade de pegar um pôr do sol estonteante, não teve como evitar estacionar o carro e fazer o registro.

Hospedamos em Panama City Beach, nesta cidade foi apenas a dormida, mas ficamos em um hotel (Casa Loma) com vista para a baía de St. Andrew, então outra beleza: o nascer do sol. Deu uma vontade de retornar no verão, porque o frio estava proibitivo para o banho de mar.

Por do sol Highway I98, que tal?

E a estrada continua...